sábado, 16 de fevereiro de 2008
Rompendo Barreira do Passado - Sonia Regina Malerba
Muitas e muitas vezes, a mente viaja para o passado na esteira do
pensamento, prisioneira de si mesma nas masmorras do inconsciente
profundo.
O eco de suas reminiscências profundas reverbera ocultamente na sua
psique, trazendo à tona determinadas sensações e reações que sabotam
as melhores possibilidades do presente. Isso leva à uma obnubilação
consciencial e ao claustro de si mesmo.
Baseando-se nisso e objetivando vencer esse mecanismo de "fechadura
mental-temporal-tangencial", os iniciados hindus de antanho vibravam
no centro do chacra ajna (frontal), como um poderoso mantra, o nome
de GANESHA*, o removedor dos obstáculos e rompedor das travas da
memória carcereira.
Certa vez, nosso fraterno amigo Rama escreveu uma frase lapidar para
uma séria reflexão em relação ao aprisionamento da mente ao
passado: "O passado pode deixar marcas profundas na alma de quem não
sabe esquecer!"Se você volta ao passado com freqüência e sente-se aprisionado,
consciente ou inconscientemente, à situações antigas ou mal resolvidas, de vidas anteriores ou da atual, não se preocupe, nem tenha medo de não conseguir escapar desse ciclo vicioso. Há um excelente método de resolução mental para seu caso: sente-se tranqüilamente, de preferência na penumbra, e concentre o pensamento no centro de força da testa (chacra frontal), repetindo mentalmente, com firmeza e paciência, o nome de GANESHA, por cerca de dez minutos, sem esmorecer.
Ao final desta pequena prática, sua mente estará fortalecida e vivificada.
Isto também afasta o medo, melhora a concentração e dissolve a
incerteza.
Faça esta prática diariamente, pois é um ótimo "japa" (repetição de
um mantra) e rejuvenesce a mente, tornando-a clara e eficiente.
Na maré da incerteza, chame GANESHA no "timão de seu frontal" e leve
sua "nau mental" na direção do porto da consciência justa.
GANESHA é a síntese da força do elefante, da sabedoria de Vyasa e do
amor de Krishna.
Algumas decisões precisam ser tomadas.
O rompimento com o "passado esquálido" é inevitável.
A "marreta" do bom senso precisa derrubar os muros da ilusão do
passado, da mesmice reencarnatória, pois o momento convida a
consciência a agir na vida presente, não na vida que passou.
O que as pessoas chamam de passado é, na maioria das vezes, um
amontoado de porquês ou de "como teria sido se eu houvesse agido
diferente?"
Há muitos lamentos no passado e muita vida nova chamando no presente.Muita gente passou para a outra vida, levada pelas asas da morte a outras dimensões, também vivas.No entanto, muita gente continua viva aqui na Terra, agora, e precisa viver e aprender.O passado complica o presente por repercussão direta, e isso nos remete à velha pergunta: "O que será do futuro?"Algumas normas de procedimento se impõem na evolução de todos os seres humanos, encarnados e desencarnados:• A vida é sempre agora.• Não se muda o passado.• A auto-culpa não leva a reparação de erros, mas ao aprisionamento no passado.• Se não fez direito no passado, faça direito agora e crie um futuro radiante.• O apego ao passado mal resolvido é um dos grandes indutores de desequilíbrio emocional no presente.É preciso flutuar além das emoções do passado, como consciência livre, contente em si mesma, plena de amor e serenidade no presente.
O caminho do equilíbrio passa forçosamente pela ampliação das
percepções e das energias, levando a consciência a novos brilhos
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