terça-feira, 29 de abril de 2008
MINHA CIGANA FACEIRA - Rô Vazquez
Minha cigana faceira
Dona de segredos, mil enredos
Enreda-me com seus mistérios,
Minha cigana mágica,
Mágica é tua formosura, tua candura
Beleza além da vida e da morte
Vibrante teu corpo de mulher
Felino teu olhar de bruxa
Encanto em feitio de canção
Minha cigana encantada
Preciso de seu encantamento
Para encantar o meu amado
E fazê-lo por mim se encantar.
OS 12 MANDAMENTOS CIGANOS
1º Amar a Deus acima de tudo e respeitar
todos os Santos;
2º Respeitar a Semana Santa;
3º Respeitar todas as Religiões e credos que elevam o nome de Deus – Nosso Pai;
4º Ajudar-se mutuamente;
5º Amar e não desmerecer nenhuma criança;
6º Respeitar os idosos e não desprezar a sua sabedoria;
7º Não mostrar o corpo;
8º Não se prostituir;
9º Manter a fidelidade entre os casais;
10º Não se envergonhar de sua origem;
11º Não deixar de praticar o dom da adivinhação;
12º Não trair seu povo.
todos os Santos;
2º Respeitar a Semana Santa;
3º Respeitar todas as Religiões e credos que elevam o nome de Deus – Nosso Pai;
4º Ajudar-se mutuamente;
5º Amar e não desmerecer nenhuma criança;
6º Respeitar os idosos e não desprezar a sua sabedoria;
7º Não mostrar o corpo;
8º Não se prostituir;
9º Manter a fidelidade entre os casais;
10º Não se envergonhar de sua origem;
11º Não deixar de praticar o dom da adivinhação;
12º Não trair seu povo.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Poema à dançarina cigana - Luciano Vivacqua
Se uma noite flamenca lhe arrancasse do corpo
a dança poderia rasgar a noite
e cingir os flancos com os vestidos aéreos
da brisa
E se suas mãos velozes me alcançassem o sono
e o meu segredo lhe trespassasse os olhos
jamais do seu rosto volveria o olhar
antes que a tormenta lhe levasse
fantástica sombria
Se o tamborilar dos pés na noite em que a dança
lhe aflige a face reverbera em meu corpo
toda a dor de uma metralhadora
que dispara éporque o mar de espanha
secara em meus olhos e um grito cigano
me amputara a língua
Onde está a música que lhe conduz?
Se em seu dedo se rompesse o círculo
que lhe prende à contradança
se em sua voz se aninhassem
os pássaros de minha infância
Se não fossem o vento e as tardes
caírem noturnas sobre o mar
e os velhos galeões náufragos
digerirem os mortos...
E se suas mãos me lavassem a nuca
no mover dos dedos e das castanholas
se traduzisse o que não sei
em seu corpo e soçobrasse minha imagem
em seu olhar ao som de velhas guitarras
e de cânticos antigos e estranhos
as linhas de minha mão se apagariam
e você fantástica...sombria... surgiria
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